quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Mordaças Invisíveis

Hoje parei um pouco para ouvir o silencio. Refletir sobre a vida, sobre meu povo, minha gente, nossa terra, nosso chão. Não sei o que há ou o que ouve, mas causa-me espanto o quanto nosso povo mudou.
Temos boca, mas não falamos nem nos insurgimos contra o mal, o erro,e o engano. Temos olhos, mas não enxergamos ou fingimos não ver o sofrimento, a dor, a opressão que de maneira sorrateira instalou-se em nós, e tal qual câncer tem corroído nossa sociedade, tem nos tapado os ouvidos, olhos, e a boca são mordaças invisíveis, que a largos passos tem nos imposto o seu jugo.
             Só se ver nas ruas, escolas e praças o silêncio carregado de omissão.  Às vezes fingimos não ver para não desagradar “o rei”, que com cetro de impiedade não perdoa a rebeldia, às vezes nos calamos para defender nosso emprego, nossos interesses, ou até mesmo interesses de “terceiros”.

              Sei que há de vir, a hora há de chegar, em que as mordaças invisíveis cairão por terra, e o grito de liberdade há de ser ouvido por todos os cantos e recantos do nosso chão. Eu creio, eu acredito dias melhores virão... 
Pense nisso!
Naum Esteves

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